segunda-feira, 7 de março de 2016

Museu do Sal em São Pedro da Aldeia ( RJ)



Um casarão em São Pedro da Aldeia, Região dos Lagos do Rio de Janeiro,  vai ser reformado para receber o Museu do Sal. O Museu ficará as margens da RJ-116 e contará com um acervo da Secretaria de Turismo, Cultura e Lazer.

Segundo o site G1 da Região dos Lagos "O museu é resultado de uma parceria entre a Prefeitura da cidade e o Ministério do Turismo, o museu aldeense terá como missão resgatar, preservar e divulgar o patrimônio material e imaterial relativo ao trabalho salineiro no município. O local vai reunir a memória histórica do trabalho em salinas, que foi uma das principais atividades econômicas do município e da Região dos Lagos no século XIX."

"O Museu do Sal foi criado para ser autossustentável e contará com captação de água da chuva para abastecimento de tanques de água e uso de energia eólica para abastecer a casa e a praça de entrada através de moinhos. Localizado às margens da RJ-106, ao lado da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) aldeense, o local também contará com rampas e piso tátil para deficientes visuais e pessoas com baixa visão."

Ao ler a reportagem fiquei pensando:  "é disso que estamos precisando! "

Por mais Museus que estejam em sintonia com a vida, que possam dialogar com  questões como a sustentabilidade, nossa responsabilidade socioambiental, e o cuidado com o mundo. Além disso tudo, ao colocar as rampas e piso tátil, o museu abre caminhos para pensar a inclusão no Museu. 

Ainda não se sabe ao certo quando as obras serão finalizadas, mas só de ler a reportagem já deu aquele gostinho e muita vontade de conhecer...

Confira a notícia completa: http://g1.globo.com/rj/regiao-dos-lagos/noticia/2016/03/casarao-que-vai-receber-museu-do-sal-e-reformado-em-sao-pedro-rj.html?utm_source=facebook






Diferentes tipologias de museu: navegando nos museus virtuais



Será que é possível conhecer Museus sem sair de casa?

Com os avanços da tecnologia da informação e comunicação, surgem diferentes museus virtuais, que estão em construção a apenas 10 anos, pouco tempo comparado aos Museus de "pedra e cal". Atualmente, diferentes tipologias de Museus já possuem sites onde é possível conhecer o acervo online. 

Torna-se importante destacar que os "museus virtuais" ainda não têm uma definição amplamente aceita e um único termo para designa-lo. Podem ser chamados também de : museu on-line, cibermuseu, museu eletrônico, hipermuseu ou webmuseu.   

O interessante é poder "visitar" Museus de diferentes parte do mundo e até mesmo de outros continentes com um simples clique. 

Diversos Museus de diferentes partes do mundo, além da instituição,  já possuem a plataforma digital,  muitos  são um espelhamento de Museus construídos no espaço físico. Outros,  só existem no espaço virtual. 

Nada tira e experiência real e a magia  de estar em um espaço museólogico, porém,  vivemos em um mundo globalizado e sempre vale a pena navegar e "conhecer" museus de diferentes parte do mundo. Há obras em 3D, e muitas coisas para descobrir.  

Segue a lista de diferentes Museus para Navegar :


Museu Encantado da Barbie: http://www.museuencantado.com.br/
Museu Virtual do Cartoon:http://www.cartoonvirtualmuseum.org/
American Museuum of Natural History:http://www.amnh.org/
RTP museu virtual: http://museu.rtp.pt/#/pt/intro
Museu Virtual de Brasília:http://www.museuvirtualbrasilia.org.br/PT/
Museu Virtual de Ouro Preto: http://www.museuvirtualdeouropreto.com.br/
Museu Virtual da informática: http://www3.dsi.uminho.pt/museuv/
Museu Virtual das Artes Plásticas: http://muvi.advant.com.br/
Museu da Faculdade de Medicina da UFRJ: http://www.museuvirtual.medicina.ufrj.br/
Museu Imperial de Petrópolis: http://www.eravirtual.org/imperial_pt/
Museum with no frontiers: http://www.museumwnf.org/
Virtual Egyptian Museum: http://www.virtual-egyptian-museum.org/
Museu Nacional de Arqueologia( Belém, Portugal) http://www.museuarqueologia.pt/?a=4&x=3
Museu Virtual do Canadá: http://www.virtualmuseum.ca/home/
Museu Hermitage, (São Peterburgo, Rússia) http://www.hermitagemuseum.org/wps/portal/hermitage/?lng=pt
Galeria Nacional de Artes (EUA) http://www.nga.gov/exhibitions/webtours.htm
Museu Virtual Memória da Propaganda: http://www.memoriadapropaganda.org.br/
Descobrindo a Arte Islâmica: http://www.discoverislamicart.org/
Museu virtual da China: http://www.chinaonlinemuseum.com/
Tour pelos museus virtuais da França: http://france.fr/
Museu de Arte Latino Americana de Buenos Aires: http://wander-argentina.com/malba-video-tour/

 Esses são apenas alguns dos museus virtuais que existem nesse "mundo virtual". Como são muitos museus virtuais, e novos vão surgindo, estarei sempre atualizando a lista. Divirtam-se 





segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Bananal: Patrimônio Histórico em São paulo.

A cidade de Bananal fica localizada ao  pé da serra da Bocaina, uma região montanhosa  ao extremo leste do Estado de São Paulo. Foi fundada em 1753, e teve seu apogeu no século XIX com a produção do café. Como marca da cidade  podemos destacar  as exuberantes fazendas coloniais e  as construções oitocentistas da cidade.   
Fazenda Boa Vista
Vista do interior da fazenda 
Vista de fora da Fazenda Boa Vista

Vista do interior da fazenda 


As fazendas coloniais estão abertas a visitação, apenas é preciso agendar.  Há diversas fazendas colonias na cidade de Bananal, e apenas um dia de visitação é pouco. Além das fazendas  há a estação Ferroviária, Alambiques, uma estação ecológica, igrejas históricas, Cachoeiras, e a possibilidade de conhecer o artesanato da região,  o crochê no barbante cru.

Fazenda dos Coqueiros

Estação Ferroviária 

 Conhecer  Bananal é sem dúvida  desvelar parte de nossa história, seja pelas antigas construções do século XIX,  ou pelo  Patrimônio Histórico e natural.  A cidade nos faz voltar ao passado   representando a memória do período colonial no Brasil. A região do Vale do Paraíba sempre esteve na rota de diversos viajantes, e a ocupação da região data do final do século XVII e inicio do século XVIII quando o ouro vindo de minas Gerais passava por aquela rota.

Diversas fazendas de Bananal trazem a memória triste do que  representou a escravidão do Brasil, nos possibilitando entender parte de nossa história atual,  ainda marcada pelo preconceito racial  e pela desigualdade.



" O Brasil , último país a acabar com a escravidão tem uma perversidade intrínseca na sua herança, que torna nossa classe dominante efêmera de desigualdade , de descaso "     Darcy Ribeiro 

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Museu Histórico Nacional (MHN) e o novo projeto realidade aumentada



O Museu Histórico Nacional está desenvolvendo um projeto muito interessante, chama-se "realidade aumentada"Através de um aplicativo de celular poderemos conhecer mais detalhadamente cada peça do Museu, que será projetado nas telas dos smartphones ou tablets. Inicialmente será desenvolvido na galeria de carruagens.

Galeria de carruagem MHN

O projeto ainda está em fase de desenvolvimento, mas em breve poderemos desfrutar das maravilhas tecnológicas  e aliar tudo isso ao conhecimento.  

Imagem sendo projetada no tablet 


É um projeto inovador, que com certeza irá atrair os nossos olhares. É muito importante também para que a nova geração "touchscreen"  de crianças e adolescentes se sintam  mais engajados com o Museu. Vamos aguardar com ansiedade a inauguração do projeto! 

Mais fotos da Galeria de Carruagens do MHN:









Desvelando um olhar sobra a exposição de Frida Kahlo no Rio de Janeiro...


Estava muito animada para ir na exposição da Frida Kahlo,  parecia ser realmente  imperdível! Fui convidada por um amigo de longa data e não iria recusar o convite. Quem promoveu a exposição foi a Caixa Econômica Federal que tem um espaço cultural no Rio de Janeiro. Para conhecer a exposição é preciso pegar a senha no local ou utilizar o site.

Normalmente as exposições de arte ficam lotadas, ainda mais  com artistas famosos como no caso  de Frida kahlo,  que ao longo dos anos vem mostrando uma forte aderência do público em suas exposições.


Painel de abertura da exposição 

Tudo mudou quando entrei na exposição... estava ansiosa para ver FRIDA KAHLO e encontrei milhares de quadros muito bonitos de importantes artistas surrealistas do México, porém pouquíssimas obras de Frida.

 Isso me fez refletir... Primeiramente vamos ao nome da exposição : "FRIDA KAHLO : Conexões com artistas surrealistas do México" o nome da Frida aparece em destaque, sendo um chamariz para o público visitar a exposição,".  "As conexões com artistas" tão importantes quanto Frida,  não são somente conexões,  são praticamente a maior parte da exposição.

Ouvia o tempo todo pessoas falando: "vou na exposição da Frida Kahlo " e ninguém fala " de outras artistas surrealistas do México".  Acho sinceramente que quase ninguém conhece outros nomes.  
Além disso. torna-se importante fazer um adendo e  relembrar uma frase de Frida Kahlo: "Pensaram que eu era surrealista, mas nunca fui. Nunca pintei sonhos, só pintei a minha própria realidade.".  A exposição de fato é muito bonita, obras interessantes, artistas consagrados, lindas vestimentas da  artista no contexto da sua época.  


Traje composto Mazateco Zapoteco
Coleção da  Comissão Nacional para o desenvolvimento dos povos indígenas (CDI)


Durante a primeira metade do século XX, a arte de Frida Kahlo foi muito bem recebida pelos Surrealistas, em especial por Andre Breton. Muitos artistas ficaram entusiasmados com os traços fortes e a grande personalidade das obras de Frida Kahlo tentando enquadrar  dentro da estética Surrealista, mas como é possível verificar, as obras de Frida são iconograficamente diferentes do Surrealismo , pois tem características únicas e marcantes.



Saí da exposição com a seguinte reflexão: Se eu chamasse o leitor para ir  na exposição de Alice Ranon,  Bona e Franciso Toledo, vocês iriam? Será que iria atingir esse grande número de pessoas que estão visitando a exposição?  Será que tem realmente sentido fazer essa conexão do Surrealismo com a obras de Frida Kahlo? 

 O importante é trazer a arte para o nosso dia a dia, na verdade sabemos que falar de Frida está em alta, é  o movimento social feminista que cresce cada vez mais, é  o senso crítico de que muitas mulheres sofrem com o preconceito , discriminação e machismo e que precisamos lutar cada dia mais pelos nosso diretos, é a nossa constante luta por igualdade e respeito,  é a verdade colocada dentro da obra de arte ... e o que não é justo é tirar proveito disso e  para montar uma exposição que pouco traz na sua essência  sobre FRIDA KAHLO. Não considero que há essa necessidade de enquadrar uma obra de arte num determinado movimento artístico:

Segundo (Noehles , 2013) :

"Frida Kahlo não era indiferente às correntes artísticas de seu tempo e também se interessava pelo desenvolvimento da arte européia. No entanto, seu trabalho perde em riqueza e diversidade se reduzido a um mero ramo de uma corrente artística surgida numa Europa que se encontrava em um momento histórico-cultural completamente diverso do México pós-revolucionário. Tais rótulos são fáceis e confortáveis, mas nos privam do prazer de conhecer em toda a extensão as nuances da obra de Frida Kahlo."

Referência:  NOEHLES, Laura Rodrigues, O não-surrealismo de Frida Kahlo Frida /Kahlo’s non-surrealist art,   Conhecimento & Diversidade, Niterói, n. 9, p. 28–36 jan./jun. 2013


quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Paraty: Patrimônio Histórico e Artístico Nacional




Paraty  teve seu conjunto arquitetônico e paisagístico da cidade  tombado pelo IPHAN em  1958. Porém, ao longo dos anos,  houve diferentes tombamentos que abrangem a cidade e o município. Em 1966 recebeu o título de Monumento Nacional,  em 1974 um novo tombamento inclui o entorno do conjunto arquitetônico e paisagístico do município. No conjunto da cidade  podemos destacar as belezas naturais  e a  grande importância histórica que Paraty representou para a  ligação entre as capitanias do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.

O município está localizado no extremo oeste do litoral do Estado do Rio de Janeiro,  e faz fronteira com Ubatuba ( Estado de São Paulo).Nas proximidades podemos destacar Angra dos Reis (o trajeto de carro de Angra a Paraty dura em torno de uma hora e meia).

A região de Paraty era habitada pelos índios Guaianás que viviam no local. Nos primeiros anos do século XVI os portugueses conheceram a trilha que foi aberta pelos indígenas ( trilha dos Guaianás ) que liga as praias de Paraty ao vale da Paraíba.

Atualmente, existem duas reservas indígenas  tupi-guaranis. A de Arapongas, na Vila do Patrimônio e Paraty-Mirin. É possível encontrar em Paraty alguns indígenas vendendo seus artesanatos como fonte de renda para a Aldeia.



Visita a Aldeia Indígena próximo a Paraty- Mirim- Indígenas Guarani 

Indígenas em Paraty vendendo Artesanatos




Paraty,  durante o Brasil Colonial,  teve grande  relevância histórica e econômica. Servia como entreposto comercial para entrada de mercadorias e trabalho escravo. Foi também o ponto para entrada de ouro em Minas Gerais, posteriormente,  serviu para o escoamento do café vindo do Vale da Paraíba.


No século XX, Paraty retoma seu desenvolvimento com o Ciclo do Turismo que se tornou a principal fonte da economia local.

Dentre alguns monumentos e espaços públicos tombados em Paraty, destacamos: A igreja de Santa Rita, atualmente Museu de Arte Sacra de Paraty, Nossa Senhora do Rosário, Nossa Senhora das dores, Matriz de Nossa Senhora dos remédios, Forte Defensor Perpétuo, Santa casa da Misericórdia, e Casa de fazenda de Nossa Senhora.

Vista de Paraty. Ao lado esquerdo a Igreja de Santa Rita, onde é hoje o Museu de Arte Sacra de Paraty 


Igreja Nossa Senhora das Dores 
Dependendo da estação do ano, a lua cheia e a maré alta, podem encher as ruas de Paraty 
A arquitetura dominante da cidade é característica da segunda metade do século XVIII e primeiras décadas do século XIX



Ruas de Paraty - Construídas pelo trabalho escravo. Ainda mantém as pedras pé -de-moleque

Pela riqueza histórica, não há dúvidas, vale muito a pena conhecer Paraty. 


sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Pôr do sol do jacaré: patrimônio cultural e imaterial da Paraíba

Com certeza você deve estar se perguntando.... 

Onde fica esse pôr do sol maravilhoso? 


A praia fluvial do jacaré está localizada no Rio  Paraíba (PB), no município de Cabedelo. 

É  um Pôr do sol musical ! Juradir do Sax toca o Bolero de Ravel até o sol se pôr. 

O Centro Histórico de João Pessoa é considerado Patrimônio Cultural da Humanidade.  O pôr do sol musical  do jacaré,  já acontece há décadas, diariamente, e em 2011,  a Assembleia Legislativa da Paraíba (AlPB) aprovou projeto de lei de autoria do deputado Anísio Maia (PT) que considera o Pôr do sol da praia do jacaré " Patrimônio Cultural e Imaterial da Paraíba". 



Para mais informações acesse: http://www.al.pb.gov.br/4946/pr-do-sol-pode-virar-patrimnio-imaterial-da-pb.html




Para mais informações
http://guiadolitoral.uol.com.br/praia_do_jacare-2567_2008.html